Geovana Velez. Tecnologia do Blogger.
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Dicas para fazer um bom intercâmbio

Intercambistas de primeira viagem têm muitas dúvidas. Tenho propriedade para falar do assunto, pois já passei por tudo isso. São muitas coisas para resolver como: ir às reuniões, tirar passaporte, comprar roupas adequadas para o frio, arrumar as malas, se despedir dos familiares e amigos, etc. Apesar de todas essas coisas que nos cercam, existe algo que não podemos negligenciar: nossos sentimentos. Inúmeras vezes eu me questionava como seria minha viagem, se daria tudo certo, se eu atingiria meus objetivos e, ao final de tudo, eu pude retirar sete lições, ou melhor, sete dicas para fazer um bom intercâmbio.
1ª Dica - Não tenha medo! : viajar sempre será algo novo e empolgante, ainda mais se esta for a primeira viagem, mas tenha em mente que estás indo a um país que irá te acolher e, acima de tudo, te fará aprender/melhorar um novo idioma, e que uma família se comprometeu a te abrigar, ajudar e tratar bem. Antes de viajar disseram-me que seria perigoso e até mesmo que isso não valeria a pena, mas sou a prova de que, além de seguro, o meu intercâmbio foi muito bom!
Entrar em contato com a família que o hospedará ajuda a perder esse medo, pois, ao conhecê-los melhor, vocês ficarão, de certa forma, mais unidos. Então envie mensagens falando mais sobre você e pergunte sobre eles, a rotina da casa e como é viver naquele país.
2ª Dica - Tenha um foco! : pessoas focadas vão mais longe. Antes de viajar eu tinha um objetivo, que era falar inglês tão bem quanto os nativos. Lembro que uma das primeiras coisas que eu disse à minha Hostfamily e aos meus amigos foi: “se eu falar algo errado, corrijam-me”. E a maior satisfação foi  na minha última semana no Canadá, enquanto comprava souvenirs, após eu ter comentado com minha Hostmom que sentiria falta de tudo, a vendedora interveio e me perguntou se eu não era de lá, pois eu até falava com a língua regional (yes b'y!).
3ª Dica - Simplifique: quando começamos a aprender um novo idioma é normal termos defasagens em algumas coisas, por isso, se você sabe que tem dificuldade em pronunciar uma palavra ou frase treine, enquanto isso, tente falar o que queres de outra maneira. Se tens dificuldade em compreender (listening), peça para que eles repitam, ou até mesmo escrevam; e se tens dificuldade para escrever, peça para que eles soletrem, mas isto não é conveniente em todos os momentos, por isso deverás treinar no que sentes dificuldades.
 4ª Dica - Se você não sabe, pergunte! : eu aprendi algo importante: se "é errando que se aprende", perguntado se aprende mais rápido ainda. Claro, errar é humano e no início do intercâmbio erramos (muito), mas nossa vida não deve ser construída apenas com base em nossos erros. Mesmo sendo “vergonhoso” dizer que não sabe de algo, pergunte, pois assim descobri que as pessoas que me ajudavam eram as que mais me queriam bem. Por isso, pergunte.
5ª Dica - Sempre converse: conversar é a melhor maneira de conhecer e entender alguém. Se não sabes como iniciar uma boa conversa com alguém faça perguntas como “quais são as novidades?”, “como foi seu dia?”, “tem planos para o final de semana?”, pois estas são as mais comuns. Caso não tenhas entendido algo durante a conversa, 4ª dica, “Se você não sabe, pergunte!”.
6ª Dica - Não Desista: certa vez, eu escutei uma frase que era mais ou menos assim: eu posso cometer um erro aqui, mas não poderei cometer o mesmo erro lá na frente. Continue tentando. Se sentes saudades de casa, faça uma ligação telefônica, use a internet, mas saiba não passarás a eternidade no outro país, se achas que poderias ter feito o melhor em algo e não fez, se esforce, certamente haverá outra chance... diga para você mesmo que amanhã será melhor que hoje, pois dias melhores só dependem de nós.
7ª Dica - Viva intensamente: Viver intensamente não significa viver loucamente, mas sim viver de corpo e alma, aproveitar as oportunidades e fazer valer ao máximo todos os momentos, sejam eles estudando, lendo um livro, saindo com os amigos, brincando na neve ou até mesmo olhando para o céu. Afinal, somos nós quem escolheremos fazer um bom ou um mau intercâmbio.

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Voltando

          Dia 29 de Janeiro foi meu último dia em Newfoundland. Um dia antes, visitei a escola em que estudei, Fatima Academy, para me despedir de todos os alunos e professore que um dia conheci naquele incrível lugar.
         No dia da viagem, temi que meu voo fosse cancelado por causa da neve (que durante algumas semanas sumiu e depois reapareceu fortemente). Ao chegar no aeroporto conheci uma pessoa incrível chamada Doug Long (um dos coordenadores deste programa no Canadá), que foi muito atencioso para mim, porém, infelizmente, não cheguei a conhecê-lo antes. Pouco antes de entrar na sala de embarque, meus hostparents foram embora. Na minha mente ecoava a pergunta "como será minha vida sem eles?" pois eles foram (e sempre serão) pessoas muitos especiais para mim, tanto quanto meus pais. Certamente sentirei muita falta deles!
          Durante os dois primeiros voos, passamos por turbulências (coisa que me atormentou os nervos, mas, ao final, tudo ocorreu bem!). Ao chegar em São Paulo, assustei-me, pois estava 33ºC, algo que eu já havia desacostumado.
          No ultimo voo, meu coração palpitava aceleradamente. Eu mal continha a emoção para rever minha família! foram 3 horas de ansiedade. Ao por os pés em minha cidade natal, mal pude acreditar que eu algum dia tive coragem de abandoná-la. Me despedi dos amigos que comigo participaram deste intercâmbio e fui em direção à porta com um pensamento "voltei, Recife". Ao ver meus familiares com largos sorrisos e me esperando de braços abertos, percebi que este é, e sempre será, meu lar.

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Cinco meses


           Este é o quito e último mês em que estou aqui. Sem dúvidas, sentirei saudades de todos os momentos que vivenciei!
            Durante este mês, aproveitei meus últimos momentos. Nesta sexta-feira, 24 de Janeiro, foi meu ultimo dia de aula. A escola organizou uma festa de despedida para mim, eu não esperava nada do que aconteceu. Primeiramente, tivemos uma festa com os meus colegas de classe, depois, todos os alunos foram convidados a ir ao ginásio e lá houve uma apresentação.
            Inicialmente, a diretora deu sua palavra seguida por meus amigos (presidente e vice-presidente do grêmio estudantil) e a professora da minha classe. Cada um me descreveu docemente e relatou os momentos que vivi.
            Foi muito emocionante! mal pude acreditar que cinco meses passaram tão rapidamente. Foi-me apresentado um slide show com meus momentos aqui, após isto pensei que a apresentação havia finalizado, porém fui convidada a participar de duas cerimônias.
            A primeira cerimônia era pra tornar-se um “Royal” (membro da escola que estudei), na qual eu tive que vestir o fardamento escolar e ser declarada um membro da escola. A segunda era para tornar-se um membro honorário de Newfoundland. Primeiro eu tive que dizer três ditos que aprendi aqui, em seguida eu tive que beber Syrup (uma espécie de “xarope” que é comum aqui) e tive que beijar um Capelin (uma espécie peixe) e, por último, tive que dizer um comprometimento, após isto, ganhei o meu certificado de cidadã honorária do Cape Shore.
Certificado de membro honorário de Fatima Academy
Certificado de membro honorário do Cape Shore - Newfoundland
            Foi uma experiência na qual eu amei ter vivenciado intensamente cada momento! espero alguns dia voltar e rever cada um que me ajudou a concretizar este sonho.

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Com os dias contados

            Estou com os dias contados. Nunca pensei que diria isto em toda a minha vida: estou indo embora e acho que, desta vez, não terá mais volta!
            Muitos me perguntam quando eu irei, outros me questionam se estou ansiosa, mas alguns me dizem que sentirão saudades e que será estranho sem mim.
            Uns braços me prendem, estes imploram-me para ficar, porém, após meu olhar de “eu tenho que ir”, interrogam-me “nos veremos novamente?”. Sinto algo nos olhos, seria uma lágrima? Não sei, pois a contive de tal forma que ela nunca se esvaiu. Meus lábios balbuciam “provavelmente durante o verão” mas minha mente confessa “talvez não" e, após isto, dentro de mim, tristemente, ecoa um “até nunca mais?”.
            Mas estou de malas prontas. Às vezes, acho que é cedo demais para isso, porém, confesso que mal posso esperar para voltar para casa. O que eu posso fazer se deixei meu coração em Pernambuco?! "Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração".
           Confesso que sentirei saudades de cada um que desde o início esteve ao meu lado me ajudando, me ensinando, sendo paciente (um dos trabalhos mais difíceis, admito) e rindo comigo.
            Lembrarei dos momentos bons, pois estes além de serem inesquecíveis fazem bem à alma, mas também lembrarei dos ruins, por que estes foram (e sempre serão) aprendizado. Recordarei de todos da melhor forma possível!
            Sou grata a cada um de vocês. Sem mais a dizer, despeço-me previamente com um adeus.

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Mummering

            Durante o Natal, há uma celebração apenas em Newfoundland chamada Mummering, na qual pessoas se vestem de um modo diferente: cobrindo o rosto com máscaras ou, mais comumente, com capas de travesseiros e vão à casa das pessoas para cantar e dançar.
            Eu fui à casa da minha amiga em Point Lance (cidade que fica a 15 minutos de onde eu moro), para celebrar o Mummering porque lá é mais popular. Às oito horas da noite, nós saímos de casa vestidas de mummers e com nossos instrumentos: chocalhos, acordeom, pandeiro e colheres.

Mummers. (Tentem descobrir qual das três pessoas sou eu.)
            Ao chegarmos na casa das pessoas, uma das primeiras coisas que eles tentavam fazer era descobrir nossa identidade. Eu raramente fui reconhecida, pois, além de não ser da região, disfarçava minha voz enquanto falava com as pessoas, apenas minha professora de Inglês reconheceu-me, porém quando eu mostrei o meu rosto as pessoas diziam “Ah! Você é a garota do Brasil” e em seguida perguntavam o que eu estava achando desta festividade até agora.
            Esta foi uma das experiências mais divertidas da minha vida! até agora lembro-me das pessoas rindo e cantando conosco. Certamente, sentirei falta destes momentos!

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Quatro Meses

            Estou a quarto mês em Newfoundland. Isto me faz lembrar que meu tempo aqui está ficando curto. Tenho apenas um mês e alguns dias restantes.
            Estou a cada dia mais interligada com estas pessoas; pessoas que um dia foram estranhos para mim, hoje, são grandes amigos que me tratam tão bem quanto um membro da família.
            Dentro deste quarto mês, vi muita neve. Se antes eu achava que era frio, descobri o real inverno Canadense; por causa disso, tive alguns dias sem aula. Eu não gostei tanto da neve quanto pensei que gostaria antes de ter tido contato com ela, porém fiz coisas legais como: guerra de bola de neve, anjos de neve, deslisar de trenó na neve, homem de neve (este eu tentei, mas não deu muito certo) e o que eu mais fiz foi cair (porém isto não foi legal).
           No último dia de aula houve o “amigo secreto”; este é muito diferente de como celebramos no Brasil, pois as pessoas apenas trocam presentes, diferentemente como nós brasileiros fazemos: descrevemos nosso amigo secreto enquanto algumas pessoas tentam adivinhar; e o musical de Natal da minha escola, o qual foi cancelado duas vezes por causa da neve, mas foi muito lindo, pois teve a participação da escola em peso e, como de costume, eu estava presente na peça teatral. Nessa peça, meu personagem tinha uma grande quantidade de falas, diferentemente da minha primeira peça na qual eu tive apenas uma.
           Passar o Natal longe da família foi muito difícil para mim, pois ao correr das horas eu relembrava os natais anteriores comemorados na igreja e após com a minha família, mas me lembrei que apenas comemorarei um Natal aqui, o que me deixou menos homesick. Este foi o meu primeiro Natal com neve e confesso que foi um dos mais lindos que já vi. Desde a decoração da casa até a ceia em família foram momentos únicos que eu não esquecerei.
           Uma das coisas que mais me surpreendeu foi a quantidade de presentes que ganhei dos meus amigos, da minha hostfamily e até de pessoas que eu nunca vi desde que cheguei aqui.
           Tenho vividos momentos incríveis aqui, sou grata a todos que me ajudaram desde o início a concretizar este sonho.

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Três meses

           Em 23 de Novembro, dia em que eu estava há 90 dias (ou se preferir, três meses) em Newfoundland, fui com minhas amigas canadenses para a capital, St. Johns.
           Nossa aventura começou quando fomos ao shopping. Lá, o que mais gostei foi quando tiramos uma foto com o Papai Noel, primeiramente, eu não queria ir, mas ao pensar melhor eu fui, afinal seria um momento engraçado e que não se repetiria. Em seguida fomos ao “Axtion” (parque de diversões interno), onde tem diversos brinquedos como o escorregador gigante, carro de bate-bate (não o comum que nós conhecemos), escalada, etc. Eu, como boa criança que sou, brinquei até ficar cansada (o que não demorou muito a acontecer).
           Na hora do almoço fomos a um restaurante chamado Montana’s. Porém, quando eu me ausentei, minhas amigas chamaram a garçonete e disseram que era o meu aniversário. Quando eu finalizei a minha refeição e estava pronta para sair, a garçonete reaparece dizendo “Temos um aniversário no Montana’s” e começam a cantar um “parabéns pra você” diferente (acho que é o parabéns “à moda da casa”), eu olhava para minhas amigas, para a mãe dela sabendo que não era aniversário de nenhuma de nós, só percebi que estavam cantando para mim quando a garçonete pôs-me um capacete com galhada de alce.


           Ao final de tudo, a mãe da minha amiga apresentou-me à garçonete, dizendo que sou uma intercambista brasileira e após uma conversa básica que tive com ela recebi um "feliz aniversário!" (não consegui conter uma leve risada). Ao sairmos do restaurante, perguntei a minhas amigas por que elas fizeram isso, elas me responderam que a razão de fazer isso foi porque no meu aniversário eu não estarei mais com elas. Foi uma das coisas mais preciosas que já escutei.
           Depois, fomos ao cinema assistir “Jogos vorazes 2: Em chamas”, para mim foi um pouco confuso porque eu não assisti o primeiro filme, eu ficava perguntando a minha amiga “por que isso aconteceu?” a quase todo instante, mas fiquei feliz porque eu consegui entender o que os personagens diziam.
           Por último, fomos assistir ao jogo de basquete da nossa escola. Chegamos no terceiro quarto do jogo. Foi a primeira vez que vi um jogo de basquete da escola pessoalmente. Infelizmente, o time da nossa escola perdeu!
            Foi um dia incrível! e nem preciso dizer que, ao chegar em casa, eu estava exausta.

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